terça-feira, 5 de maio de 2009

Notícia: Escola aposta nas energias renováveis

Notícia publicada no dia 18 de Abril de 2009

Autoria: Carina Fonseca
Jornal de notícias


Escola aposta nas energias renováveis
A Escola Secundária de Arganil decidiu apostar nas energias alternativas. Além de diminuir os gastos, está a formar futuros técnicos de energias renováveis. São 14 rapazes com altas perspectivas de obter emprego.

"Cerca de 80% da energia que Portugal consome é importada e não renovável. Se temos sol, mar e vento, é esta a aposta que temos de fazer!". A convicção é do professor Jorge Monteiro, coordenador do curso de Técnico de Energias Renováveis (variante solar) criado neste ano lectivo.

A ideia de tornar a escola auto-suficiente em termos energéticos, sensibilizando, ao mesmo tempo, os jovens para a importância da sustentabilidade ambiental surgiu no ano passado e logo mereceu aprovação. Optou-se pelas energias fotovoltaica e fototérmica. Esta última já está a contribuir para o emagrecimento da conta do gás.

O aquecimento da água dos balneários femininos, por exemplo, é feito mediante painéis fototérmicos, que captam a energia do sol, convertendo-a depois em energia térmica. A central de microgeração fotovoltaica é que ainda está em fase de instalação, mas deverá começar a produzir energia no prazo de um mês, de acordo com Jorge Monteiro.

O professor, licenciado em Geografia, não referiu o montante exacto do investimento, que teve a mão do Estado. Mas adiantou que, em cinco anos e meio, o sistema deverá estar pago.
"Se o Estado equipasse todas as escolas com um sistema semelhante, reduziria a sua despesa em milhões e milhões de euros", sublinha Jorge Monteiro. Não duvida de que Portugal reúne todas as condições para se autonomizar pelo uso de energias limpas e renováveis: "No fundo, temos um petróleo que não estamos a usar: o sol".

O projecto é recente, mas já tem o acolhimento da comunidade. Há quem se desloque à escola, propositadamente, para saber mais sobre auto-suficiência energética. Aliás, os alunos do curso de Técnico de Energias Renováveis estão disponíveis para analisar os consumos energéticos de uma casa e propor formas de reduzir as despesas. Gratuitamente.

Os futuros técnicos estão animados, até pela ideia de se encaixarem rapidamente no mercado de trabalho. "Os sinais dizem que têm o futuro profissional assegurado. Há empresas que, se pudessem, os empregavam a todos já hoje", assinala o coordenador do curso.

Para já, têm presença marcada numa feira, na Batalha, em inícios do próximo mês, onde darão a conhecer os seus projectos. Porque a escola também pretende fomentar o empreendedorismo.

Energia nuclear em Portugal

Notícia do dia 21 de Abril de 2009
Antena 1


Para termos uma maior noção da opinião política relativamente ao assunto, aqui fica esta notícia que passou na antena 1.

Energia nuclear

Os combustíveis fósseis são recursos não renováveis e o seu consumo não parece diminuir mas sim aumentar. Como tal, seria necessário descobrir novos recursos energéticos, renováveis ou não renováveis, que pudessem substituir os combustíveis fósseis na produção de energia.

As fontes de energia alternativas aos combustíveis fósseis seriam então:

● A energia nuclear;
● As energias renováveis.

Pensou-se que a energia nuclear pudesse ser uma potencial fonte energética para o mundo quando esta foi descoberta. No entanto, foi descoberta uma possibilidade de criar armas de destruição maciça utilizando a energia nuclear.


O isótopo de urânio utilizado para a produção de energia nuclear é o U-235. Quando se dá a cisão deste isótopo de urânio, é libertada energia sob a forma de calor, calor este que é utilizado para aquecer a água até que se dê a sua vaporização. O vapor de água é utilizado, por fim, na produção da electricidade.

A energia nuclear:

● Exige elevados custos ambientais, devido ao perigo da libertação de grandes quantidades de energia;

● Produção de grandes quantidades de resíduos radioactivos, que se mantêm radioactivos por milhares de anos.

Os resíduos radioactivos são, actualmente, colocados em recipientes metálicos, depois colocados no fundo dos oceanos. Isto é feito porque ainda não sabemos como nos livrar propriamente dos resíduos radioactivos. No entanto, no fundo dos oceanos, os próprios recipientes metálicos sofrem degradação, podendo dar-se a libertação ds resíduos para a água, contaminando este ecossistema e, seguidamente, os outros.

A exposição à radiação tem efeitos negativos para o homem. Pode provocar danos na saúde das pessoas, sendo estes danos passados de geração em geração. No entanto, países como o Brasil apostam mais na energia nuclear do que em qualquer outra energia.


A energia nuclear é um recurso não renovável, pelo que o seu consumo deve ser feito de uma forma sustentada.


Aqui fica um vídeo que mostra a história da energia nuclear como arma de destruição maciça. Os mais sensíveis não deverão ver este vídeo.















Aqui fica um vídeo com os prós e contras da energia nuclear.













Fontes de energia- Combustíveis fósseis

Os recursos energéticos são bastante importantes hoje em dia. Têm várias utilidades, principalmente desde que o aumento demográfico se deu. Isto incentivou o aumento da industrialização, que levou a um crescimento económico geral.
Combustíveis fósseis
Os combustíveis fósseis - Petróleo, carvão e gás natural - são os recursos energéticos mais utilizados na actualidade devido ao seu elevado nível energético. A sua utilização tem vindo a aumentar desde que se deu a revolução industrial.
Os combustíveis fósseis possuem um período de formação não compatível com o da vida humana, pois demoram milhões de anos a formar-se. Estes são originados a partir de matéria orgânica que, em determinadas condições, origina os diferentes combustíveis fósseis.

Devido ao tempo de formação, os combustíveis fósseis são recursos não renováveis.

A utilização dos combustíveis fósseis tem sido prejudicial para a atmosfera e, consequentemente, para os seres vivos na totalidade. O aumento da concentração de determinados gases na atmosfera que provocam o efeito de estufa levou a severas alterações climáticas ao longo do tempo.


Se a concentração destes gases continuar a aumentar, as temperaturas também continuarão a aumentar, trazendo consequências a nível dos ecossistemas.

Alguns países, como a China e a Índia, só se começaram a industrializar recentemente, pelo que o consumo dos combustíveis fósseis irá aumentar ainda mais, assim como os problemas ligados à utilização destes recursos. Dentro de poucos anos irá já notar-se uma diferença ainda maior na temperatura, que poderá levar a um aumento de catástrofes como tornados, alimentados por águas quentes.



Grande parte dos países em vias de desenvolvimento possuem reservas de combustíveis fósseis, enquanto que os países desenvolvidos não. Este facto origina grandes conflitos entre os diferentes países, mostrando a real importância dos combustíveis fósseis a nível mundial.
No entanto, os combustíveis fósseis são altamente poluentes, levando a uma alteração cada vez mais acentuada na qualidade de vida das populações.



Aqui fica um vídeo sobre os combustíveis fósseis e tudo o que a utilização destes causa. No fim são apresentadas alternativas que nós podemos tomar no nosso dia-a-dia.













domingo, 3 de maio de 2009

Recursos geológicos - Recursos renováveis e recursos não renováveis

Recursos geológicos:
● A Geologia é a ciência que estuda a terra e os processos que a levam à sua evolução.
● Recursos são os componentes que a Terra nos oferece que são úteis para nós.
Logo, Recursos geológicos podem ser considerados "bens", que se formaram sem a intervenção do homem, existentes na crosta terrestre, sendo explorados para o bem do homem.
No entanto, os recursos podem ser divididos em dois tipos: Os recursos renováveis e os recursos não renováveis.

Os recursos renováveis são aqueles em que o tempo de formação é compatível com o tempo da vida humana (formam-se rapidamente). Como exemplo temos o vento, o mar, o sol, etc.
Os recursos não renováveis são aqueles em que o tempo de formação não é compatível com o tempo da vida humana (demoram muito tempo a formar-se, podento atingir milhões de anos). Como exemplo, temos os combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural).

A verificação dos tipos de recurso depende apenas do tempo de formação desses recursos. Não depende da quantidade existente.

No entanto, com a industrialização e com o aumento da população a nível mundial, também o consumo aumenta, podendo mesmo tornar alguns recursos renováveis em não renováveis.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Tipos de metamorfismo

As características envolventes no metamorfismo de cada rocha são importantes, pois irão provocar determinadas alterações.



Os tipos de metamorfismo que se destacam são:

● O metamorfismo regional;

● O metamorfismo de contacto.





No metamorfismo regional, as rochas pré-existentes experimentam alterações fisiológicas provocadas por um aumento de pressão e da temperatura, sendo estes valores diferentes dos do ambiente da formação. O metamorfismo regional ocorre, geralmente, nos limites convergentes, onde se verificam altas temperaturas e pressões.



O metamorfismo de contacto está exclusivamente relacionado com as intrusões magmáticas. Como estas intrusões contêm magma que se encontra a elevadas temperaturas, causam uma instabilidade nos minerais das rochas envolventes à intrusão magmática. Essa instabilidade vai provocar uma alteração dos minerais formando novas ligações químicas formando, por consequência, novos minerais que irão constituir as rochas metamórficas recentemente formadas.





Textura das rochas metamórficas

A textura de uma rocha é determinada pelo tamanho, forma e arranjo dos minerais que a constituem.


Um tipo de característica textural, que até podemos considerar como a mais importante é a foliação.

A foliação consiste na presença de uma estrutura planar originada durante os processos metamórficos e que resulta do alinhamento de certos minerais anteriores ao processo metamorfico.




A existência de foliação pode estar relacionada com a presença de micas que, sobre a acção de tensões dirigidas, tendem a ficar orientadas.




Os três tipo de foliação existentes são:


● A clivagem;


● A xistosidade;


● O bandado gnáissico.




A Clivagem é um tipo de foliação característico das rochas de metamorfismo de baixo grau, como resultado da orientação paralela de certos minerais face a actuação de esforços compressivos, o que origina uma fissilidade (facilidade de a rocha de dividir em lâminas) evidente na rocha.

A Xistosidade é um tipo de foliação, que se encontra presente geralmente no metamorfismo de médio grau, em que as superficies de fissibilidade se apresentam mais brilhantes e mais irregulares.


As rochas que apresentam xistosidade apresentam menor fissibilidade.


O bandado gnáissico é um tipo de foliação criada pela diferenciação em bandas por efeito de tensões dirigidas e é identificada geralmente em rochas de alto grau de metamorfismo.

Devido aos fenómenos de recristalização, pricipalmente ao nível dos minerais não lamelares, estes vão ser separados de outros minerais, formando bandas alternadas destes minerais que lhe conferem o bandado característico.

Rochas metamórficas

As rochas metamórficas constituem o núcleo de muitas cadeias montanhosas. Também existem na crosta, por baixo das rochas sedimentares.

Mineralogia das rochas metamórficas

Os minerais que se encontram na constituição das rochas são mais estáveis em ambientes semelhantes àqueles em que se encontravam quando foram formados. Se isso não acontecer, os minerais sofrem alterações.


A Recristalização é o conjunto de processos metamórficos aos quais estão sujeitos os minerais de uma rocha, quando submetidos a um ambiente diferente do ambiente da sua génese, ocorrendo mudanças cristalinas no estado sólido.


Consiste na formação de novos minerais (ocorre a reorganização espacial das particulas dos minerais), quando estes estão sujeitos a condições extremas, tal como já foi referido.


As rochas metamórficas apresentam uma mineralogia característica, pela qual nós podemos distingui-las dos outros tipos de rochas. Alguns minerais são característicos de ambientes metamórficos, podendo caracterizar as condições presentes num determinado contexto metamórfico.
Exemplos: Granada, clorite, Estaurolite e Epídoto.


Os minerais-índice são um conjunto de minerais típicos das rochas metamórficas, que nos dão informações sobre as condições de pressão e de temperatura em que determinada rocha foi formada.


É assim possível identificar diferentes graus de metamorfismo devido à presença de minerais-índice. São, por isso, utilizados como paleobarómetros (pressão) e paleotermómetros (temperatura).


Tendo em conta as condições de pressão e temperatura presente na génese de uma dada rocha metamórfica podem-se considerar:

● Metamorfismo de baixo grau- As condições de temperatura e pressao são baixas. Ex: ardósia e filito.


● Metamorfismo de médio grau- As condições de temperatura e pressão são intermedias. Ex: Micaxisto.


● Metamorfismo de alto grau- As condições de temperatura e pressão são mais elevadas. Ex: gnaisse.

O aumento progressivo da temperatura e da pressão relaciona-se com os diferentes graus de metamorfismo (metamorfismo de baixo grau, metamorfismo de médio grau e metamorfismo de alto grau).

Metamorfismo: Factores de metamorfismo

O metamorfismo consiste no conjunto de processos geológicos que levam à formação das rochas metamórficas. Nestes processos, ocorrem transformações físicas e químicas nas rochas, quando estas são submetidas à temperatura e à pressão do interior da Terra, sem que seja alterado o estado físico da rocha (estado sólido).




As rochas alteram-se até chegarem a um ponto em que se encontram estáveis relativamente ao novo ambiente.



Os factores de metamorfismo são aqueles que, ao se alterarem, provocam também uma alteração nas rochas. Logo, estes são os responsáveis pelo metamorfismo das rochas, como indica o nome.



Os factores de metamorfismo são:


● A temperatura;




● A tensão;




● Os fluidos;




● O tempo.





Cada um dos factores de metamorfismo encontra-se explicado neste quadro:

domingo, 26 de abril de 2009

Estruturas geológicas originadas por deformação: Dobras e Falhas

A deformação verificada nos diferentes tipos de rochas é a resposta mecânica destas quando sujeitas a tensões, num determinado intrevalo de tempo.

Quando uma rocha não é estruturalmente forte, ocorre uma deformação em regime frágil - Falha - devido à perda de coesão.
Quando uma rocha é estruturalmente forte, ocorre uma deformação em regime dúctil - Dobra - devido à elasticidade do material.

Portanto, os processos de deformação originam:

● Falhas (regime frágil);

● Dobras (regime dúctil).

Falhas

As falhas são superfícies de fractura que ocorrem devido a um movimento relativo entre dois blocos. Podem resultar da actuação de qualquer tipo de tensão em rochas com comportamento frágil.








De acordo com a posição do tecto relativamente ao muro, devido à falha, a falha é caracterizada como normal, inversa (ou de empurrão) ou de desligamento (ou transcorrente).


(Para verificar se a falha é inversa ou normal, podemos utilizar a nossa mão, colocando-a na posição do plano de falha. A palma da mão indica o muro e a parte de cima da mão indica o tecto)










Dobras

As dobras são, como o nome indica, um encurvamento do material, inicialmente plano, devido à sua elasticidade. Resultam da actuação de tensões de compressão, em rochas com comportamento dúctil.










Por vezes, certos materiais possuem dobras mas, uma vez que são microscópicas, não se conseguem observar a olho nú. Por isso, as dobras que são macroscópicas são as que mais despertam a atenção de cada um.


As dobras são classificadas pela forma que possuem como antiforma, sinforma ou dobra neutra.







(Sugestão de memorização da antiforma: Assemelha-se a um A - A de antiforma)

Se nas rochas que possuem estas dobras for possível determinar a idade das camadas, sendo o núcleo o mais antigo, essa dobra é um anticlinal.



Se nas rochas que possuem estas dobras for possível determinar a idade das camadas, sendo o núcleo o mais recente, essa dobra é um sinclinal.





O nome das dobras mudou relativamente ao inicial ( Anticlinal / Sinclinal ) pelo motivo anteriormente salientado: Sabe-se a ordem de deposição dos estratos. Se a deposição dos estratos não tiver de uma forma tão evidente, o melhor é designar as dobras pelos termos mais simples: Antiforma ou sinforma.



Por vezes, para que a determinação da deposição dos estratos seja mais fácil, é colocada uma superfície plana, que representa uma espécie de plano axial. No entanto, apenas serve para determinar a sequência de estratificação, para que seja possível designar a dobra de uma forma mais científica.



Na definição de um plano no espaço é necessária a determinação da sua atitude. A sua atitude é a posição geométrica, que é definida pela direcção e pela inclinação.


A direcção é um ângulo formado entre a linha Norte-Sul e a linha de intersecção do plano dado com o plano horizontal.

A inclinação é um ângulo que se encontra entre a linha de maior declive da superfície planar considerada com um plano horizontal. o máximo que este ângulo poderá ter de amplitude é 90º e o mínimo 0º.



As cartas geológicas são bastante úteis para saber a estratigrafia, a atitude e o tipo de rochas existente em determinada zona.



Aqui fica um quadro que demonstra o que cada tipo de tensão provoca em rochas com determinado regime ( frágil ou dúctil ) e uma espécie de power point, que designa as falhas e as dobras na totalidade. Inclui exercícios para completar.