quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Diversidade dos critérios de avaliação

Desde o início dos tempos, o Homem faz classificações dos seres vivos. Isso verifica-se nas classificações feitas relativamente à distinção de animais venenosos dos não venenosos, das plantas comestíveis das não comestíveis, etc. Foram criados para que o ser humano se defendesse de possíveis perigos que pudessem ocorrer quando este se alimentava.

Este tipo de Classificação designa-se por Classificação Prática.


O sistema de classificação de Aristóteles agrupava os seres vivos de acordo com as características morfológicas e fisiológicas de cada um.


O sistema de classificação de Lineu, criado no século XVIII, classificava animais e plantas. Esta classificação foi feita tal e qual como a de Aristóteles, que se baseava em características apresentadas pelos seres vivos, a nível da morfologia e da fisiologia.




Portanto, os sistemas de classificação de Aristóteles e de Lineu têm uma base racional semelhante, que se baseia em caracteres observáveis nos seres vivos. São assim designados Sistemas de Classificação Racionais.




Além disso, estes sistemas de classificação (de Aristóteles e de Lineu) não consideram o factor tempo, pelo que são considerados Classificações Horizontais.




E ainda, estes sistemas de classificação têm em conta um pequeno número de características, fazendo com que os grupos formados sejam bastante heterogéneos quanto a outras características que não as estudadas naquela situação, pelo que são considerados Artificiais.




Existe um outro tipo de Classificação Horizontal, que é caracterizado pela consideração de um grande número de características, contrariamente aos Artificiais, que se designam Naturais.





Portanto, os tipos de Classificação Horizontal (Artificial e Natural) são considerados Sistemas de classificação Fenéticos. Possuem como objectivo a rápida identificação de um ser vivo, sem que seja preocupante a evolução desse mesmo ser vivo no cruzamento com seres vivos da mesma espécie mas de características diferentes. Este tipo de classificação baseia-se no grau máximo de semelhança entre organismos, tendo em conta a presença ou ausência de um grupo de caracteres fenotípicos.

No entanto, nem todas as características fenotípicas (fenótipo) semelhantes correspondem a uma proximidade evolutiva, pois podem apenas dever-se a uma evolução convergente, que originou estruturas que exercem uma mesma função (estruturas análogas).


Este sistema de classificação é considerado Vertical, uma vez que tem em conta o factor tempo, assim como as relações de parentesco e a evolução biológica.




O Sistema de Classificação Vertical é considerado um Sistema de Classificação Filogenética. Possui como objectivo o agrupamento dos seres vivos de acordo com o grau de parentesco entre eles, permitindo construir as chamadas “árvores filogenéticas”. Seriam assim mostradas as relações entre os organismos, de uma forma rigorosa, tendo em conta a história evolutiva de cada um.

Portanto, os seres vivos possuem semelhanças porque estas são consequência da existência de um ancestral comum, a partir do qual vários seres vivos foram divergindo ao longo do tempo, formando grupos. O grau de semelhança entre os seres vivos relaciona-se com o tempo em que ocorreu a divergência.





Para a classificação dos seres vivos, é também necessária a Paleontologia (estudo dos fósseis), que é bastante importante neste tipo de classificações.

Aqui fica um vídeo para uma melhor compreensão

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